Tendências de RH para a sua empresa ficar de olho em 2023

Isso porque antecipou novos modelos de trabalho, ressignificou a adoção digital e fez com que as pessoas repensassem suas prioridades.

Como resultado, os últimos anos foram marcados por fenômenos que começaram nos Estados Unidos e chegaram ao Brasil, como a chamada Great Resignation (Grande Demissão) e a Quiet Quitting (Desistência Silenciosa).

Diante de tantos desafios, as organizações precisam rever suas ações e repensar suas estratégias para a jornada do colaborador.

Por isso, neste artigo separamos 5 tendências de RH para você entender como fazer uma gestão de pessoas de sucesso em 2023.

Neste conteúdo você encontra:

• Tendências de RH: o contexto no Brasil
• 5 tendências de RH para sua empresa em 2023
• Como implementar as tendências de RH?

Tendências de RH: o contexto no Brasil

É fato que a pandemia teve um impacto significativo na relação das pessoas com o trabalho em todo mundo.

Por exemplo, ela foi o gatilho para o fenômeno da Grande Demissão, que começou nos Estados Unidos e chegou ao Brasil com um recorde de 6.175.088 pedidos de demissão entre junho de 2021 e maio de 2022.

Só de janeiro a junho de 2022, foram 2,9 milhões de demissões voluntárias, o maior número desde 2005. (dados do Caged)

Outro fenômeno que também chegou ao país foi a Desistência Silenciosa, que acontece quando os colaboradores decidem fazer apenas o mínimo requerido por sua função.

Mas o que desencadeou esses fenômenos? Segundo um estudo da revista Harvard Business Review, há 5 principais causas que foram intensificadas pela pandemia, das quais podemos destacar:

• As pessoas repensando suas prioridades e a relação com o trabalho;
• A discordância em relação à volta ao modelo de trabalho 100% presencial.

Logo, é preciso que as organizações compreendam as mudanças e adotem medidas assertivas que atraiam, retenham e nutram talentos para se manterem competitivas no mercado diante da nova realidade.

5 tendências de RH para a sua empresa em 2023

Como visto, o cenário atual no Brasil e no mundo requer um olhar cuidadoso para a relação entre empresa e colaborador. Portanto, é importante entender quais são as tendências de RH para construir um planejamento estratégico alinhado às transformações do mundo pós-pandemia.

Tendência 1: cuidado com o bem-estar

Mesmo que o bem-estar sempre tenha sido considerado nas ações de RH, ele ficou ainda mais em evidência nos últimos anos.

Afinal, o isolamento e as incertezas do período pandêmico desencadearam problemas de saúde mental e acenderam um alerta sobre o tema no ambiente de trabalho.

Com efeito, as pessoas se tornaram mais conscientes sobre a importância do bem-estar, como mostra o relatório da Intellect and Milie, que aponta que as principais razões para o profissional ser produtivo são o desejo de construir uma vida melhor para si e para seus familiares (58%) e alcançar uma sensação de realização (53%).

Isso significa que as organizações precisam cultivar ambientes de trabalho positivos e equilibrados que abracem a vida pessoal e profissional de seus colaboradores.

Para isso, é primordial contar com pesquisas de clima e saúde mental para ter dados concretos sobre fatores que influenciam o bem-estar no negócio e implementar ações de melhoria assertivas.

Por exemplo, como a criação de espaços seguros de conversa e o fornecimento de benefícios voltados para a qualidade de vida.

Tendência 2: flexibilidade no trabalho

Outra grande mudança acelerada pela pandemia foi o fortalecimento dos novos modelos de trabalho.

Segundo um levantamento feito pelo LinkedIn, 78% dos profissionais brasileiros acreditam que o período de isolamento social e restrições sanitárias os fizeram perceber que querem e precisam trabalhar com mais flexibilidade.

Em outras palavras, como resposta às experiências nos últimos dois anos, as pessoas repensaram suas prioridades e enxergaram no trabalho remoto e híbrido uma possibilidade de ter:

• maior equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal;
• maior produtividade;
• melhora na saúde mental.

Mas não só isso, o mesmo estudo do LinkedIn também mostrou que cerca de 30% dos entrevistados deixaram seus empregos por falta de políticas flexíveis em 2021.

Ou seja, a flexibilidade deixou de ser um diferencial e passou a ser determinante para os colaboradores, e as empresas que tentarem remar contra a maré e retomar suas atividades de forma 100% presencial podem ter perdas significativas.

Por esse motivo, se o seu modelo de negócio permite, considere implementar a flexibilidade de carga horária e modelo de trabalho para estimular o engajamento dos profissionais e reter talentos.

Tendência 3: liderança empática

Não há dúvidas sobre a importância da liderança para o engajamento de seus times. No entanto, esse papel se tornou ainda mais essencial a partir da pandemia.

Afinal, com o trabalho remoto as pessoas se distanciaram do local de trabalho compartilhado, o que dificultou a criação de laços entre empresa e profissional e a colaboração entre pares.

Inegavelmente, a liderança tem o grande desafio de ser a ponte de conexão entre os colaboradores e o negócio. Uma vez que pode criar um senso de propósito comum para que as equipes sejam motivadas a trabalharem em direção a uma visão conjunta.

Além de que, por meio de uma gestão empática e transparente que adota a escuta ativa e feedbacks contínuos, os líderes fazem com que os colaboradores se sintam valorizados e incluídos na tomada de decisões, além de terem insights constantes sobre como melhorar o engajamento.

Tendência 4: Upskilling

Upskilling é a junção dos termos em inglês “up” (crescimento) e “skill” (habilidade), ou seja, crescimento ou melhoria das habilidades.

O conceito dentro dos negócios é voltado para o aprimoramento das competências dos colaboradores para construir uma cultura de melhoria e aprendizado contínuo.

Essa é mais uma tendência de RH que promete aumentar a atração e retenção de talentos, uma vez que mostra às pessoas uma preocupação com seu desenvolvimento e crescimento profissional, além, é claro, de estimular a inovação.

Assim, é importante que as organizações considerem o upskilling em sua estratégia para o próximo ano e invistam em treinamentos e capacitações.

Tendência 5: People Analytics

People Analytics chegou para ficar e em 2023 promete ser um tema ainda mais priorizado no RH. Ele é um método de coleta, organização e interpretação de dados sobre os colaboradores para orientar as decisões.

Até porque em um mundo com cada vez mais recursos tecnológicos já não é mais aceitável basear a gestão de pessoas em achismos.

Apesar de muitas empresas já considerarem o People Analytics indispensável para a tomada de decisões assertivas, implementar a análise de pessoas para muitas delas ainda é um desafio.

Por isso, a expectativa é que o RH conte com ferramentas que facilitem o processo, isto é, softwares que ofereçam soluções automatizadas para empoderar a liderança com dados e tornar o RH mais ágil e estratégico.

Como implementar as tendências de RH?

As ferramentas de gestão de pessoas auxiliam as empresas a focarem seus esforços em aplicar as tendências de RH e deixarem de desperdiçar tempo e energia em tarefas operacionais.

Com uma plataforma all-in-one que engloba gestão de desempenho, desenvolvimento e engajamento em um só lugar, o RH tem informações concretas para basear suas ações e proporcionar a melhor experiência ao colaborador.

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Conclusão

Em suma, é essencial olhar para as tendências de RH antes de realizar o planejamento estratégico. Isso porque ele precisa estar de acordo com a realidade do mercado para que o negócio continue atraindo e retendo os melhores talentos em 2023.