A rotatividade, ou turnover, é a taxa que mensura o fluxo de entradas e saídas dos colaboradores dentro de uma empresa.
Rotatividade: o que é, como calcular e como combater
O índice de rotatividade alto pode prejudicar o ambiente interno e impactar os resultados do negócio. Por isso, a liderança tem criado cada vez mais estratégias para reter seus talentos.
Continue a leitura para saber mais sobre esse conceito seus impactos no ambiente interno.
Neste conteúdo você encontra:
- O que é rotatividade?
- Impactos da alta rotatividade nas empresas
- Os 3 tipos de rotatividade
- Como calcular a rotatividade?
- 4 dicas de como combater a rotatividade na sua empresa
O que é rotatividade?
Rotatividade, rotatividade de pessoal ou também, no inglês, turnover diz respeito à relação matemática, em termos percentuais, entre o número de admissões e demissões em um determinado prazo.
Além disso, pode se referir à proporção de colaboradores antigos substituídos por novos dentro da empresa.
Quando a empresa lida com uma alta taxa de rotatividade pode sofrer consequências na produtividade e o engajamento da equipe.
Em suma, se refere ao interesse dos profissionais em estar na empresa e a falta de retenção de talentos. A rotatividade dos colaboradores pode ser causada por fatores externos ligados a economia, mas também internos, relacionados a cultura da organização.
Exemplos disto são:
- Falta de um bom processo de recrutamento e seleção ou de fit cultural,
- Clima organizacional desagradável,
- Remuneração e benefícios abaixo do mercado,
- Falta de reconhecimento e qualquer outro problema dentro da gestão de performance.
Impactos da alta rotatividade nas empresas
Existe muitas razões para que a alta rotatividade possa impactar tanto a empresa quanto os próprios colaboradores, confira só:
Mais despesas com encargos trabalhistas
Esse é um território conflituoso por natureza. Quando a empresa decide demitir o profissional, os encargos trabalhistas serão custeados pela própria companhia. Exceto nos casos de demissão por justa causa.
Por outro lado, quando o próprio colaborador pede o desligamento, há o acerto, sem contar o transtorno que é substituir aquela vaga de forma satisfatória, além do tempo gasto nesse processo.
Queda da produtividade
Como falamos no tópico anterior, a perda, muitas vezes repentina, de um colaborador resulta em um balde de água fria para os que ficam na empresa, gerando diminuição da produtividade e motivação na equipe.
Daí surgem os gastos com novos processos de recrutamento e treinamentos, que não só tendem a onerar a empresa, como desgastam a equipe até que o ritmo das atividades seja retomado como antes, com todos os colaboradores alinhados entre si.
Piora do clima organizacional
O impacto psicológico da rotatividade costuma ser a consequência mais grave, e ao mesmo tempo, o mais negligenciado pela liderança em geral.
Quando trabalhamos numa empresa com elevado turnover, automaticamente surgem incertezas e inseguranças quanto a nossa própria permanência naquele ambiente organizacional.
Bem como dúvidas acerca dos procedimentos de líderes, diretores e presidentes. Inclusive, essa insegurança generalizada acaba prejudicando a saúde dos trabalhadores, culminando no absenteísmo.
Inúmeros estudos mostram que, ultimamente, a depressão, o esgotamento e a ansiedade crônica – que muitas vezes resultam na síndrome do burnout – têm sido as grandes causadoras de afastamento do trabalho.
Sem contar que, quando uma organização preza pela demissão sem justa causa de colaboradores, o clima de apreensão inevitavelmente tende a desviar o foco dos resultados para dar vazão a boatos, brigas e reclamações.
O que leva a um cenário propício para que os colaboradores pensem em outros tipos de emprego ou empresas, transformando o turnover numa enorme e irreparável bola de neve.
Os 3 tipos de rotatividade
Como deu para perceber, a rotatividade acontece de várias formas e por vários motivos. Neste contexto, podemos classificar alguns tipos. Veja só:
Voluntária
A rotatividade voluntária acontece quando o profissional pede demissão ou comete absenteísmos no trabalho.
Este tipo de situação indica problemas de gestão e é necessário ter mais que uma boa remuneração para este colaborador permanecer na empresa.
Algumas boas práticas são: implementar uma boa gestão de metas, ter uma remuneração variável de acordo com o atingimento das metas e performance, salário emocional, plano de cargos e carreiras, entre outros tipos de benefícios.
Involuntária
A rotatividade involuntária acontece quando a empresa é quem toma a decisão de desligar o colaborador. Neste caso, as insatisfações vêm do próprio líder em relação a baixa performance ou sobre os conflitos entre as equipes.
A dica aqui é saber identificar esses problemas, realizando avaliações de performance e estabelecer bons KPIs para avaliar os resultados de cada colaborador.
Funcional ou disfuncional
No funcional é quando a rotatividade está ligada a baixa performance do profissional. Neste aspecto, a própria pessoa é quem escolhe se desligar da empresa, sem exigências de seu desempenho.
No disfuncional, o colaborador é reconhecido por suas excelentes competências, potencial e bons rendimentos, mas escolhe se desligar da empresa.
Nestes casos, ocorre um dos maiores problemas para reter os talentos, motivá-los e ainda em fortalecer o sentimento de pertencimento ao ambiente interno.
Como calcular a rotatividade?
Por mais simples que seja essa equação, a liderança costuma ignorar a necessidade de colocá-la em prática antes de planejar os rumos da empresa.
A rotatividade também envolve fatores subjetivos, como liderança medíocre, política de contratação confusa, baixa remuneração, falta de treinamento, ou seja, itens que nem sempre o líder está disposto a encarar para reduzir significativamente o turnover.
Veja a seguir como evitar que esse mal cresça e se torne uma espécie de câncer na sua empresa:
Número de colaboradores admitidos + Número de colaboradores demitidos = X dividido por 2
X dividido pelo número total de colaboradores no último dia do mês anterior ao medido = Y
Y x 100 = % de rotatividade
4 dicas de como combater a rotatividade na sua empresa
Faça um bom processo de seleção
O primeiro passo para controlar o turnover é contar com um processo de seleção satisfatório, ou seja, que baseado em testes e dinâmicas comprovados no mercado e respaldados pela tecnologia.
Uma contratação errada tem reflexos imensuráveis para todos e, como vimos, impacta diretamente no índice de produtividade.
Desenvolva estratégias de gestão
A partir desse passo, é desenvolver uma gestão de talentos de alto nível.
Descobrir os talentos dentro da sua empresa e desenvolvê-los é uma maneira altamente eficaz tanto para manutenção do quadro de colaboradores, quanto para reduzir custos provenientes de rotatividade e insatisfação com ambiente de trabalho.
Motive e engaje sua equipe
Outro ponto é trabalhar o engajamento e motivação do time como um todo, lançando mão de metodologias como pesquisa de pulso, pesquisa de clima organizacional, gamificação, benefícios, feedback contínuo.
Reuniões de feedback com seus colaboradores é algo essencial para manter relações saudáveis e ter um panorama claro de quem trabalha com você e o que os motiva.
Tenha planos de carreira e sucessão
Para finalizar, é primordial ter um plano de carreira e sucessão bem delineado, além de deixar claro as políticas de cargos e salário.
Isso facilita muito a consolidação de PDI’s e permite que cada colaborador tenha um propósito ou linha de chegada dentro da organização.
Mas, acima de tudo, para reduzir a rotatividade a própria empresa precisa exercitar a autocrítica. Sempre é preciso perguntar se os objetivos estão claros, se o modo de condução dos negócios está dentro das expectativas e se os colaboradores estão, de fato, alinhados aos valores propagados pela direção.
Enfim, se você leu esse post até aqui, provavelmente já sabe por onde começar para diminuir o turnover na sua empresa, não é mesmo?
Neste sentido, conheça nossas soluções para impulsionar a gestão de pessoas da sua empresa.
Quer saber mais? Solicite agora uma demonstração gratuita da nossa plataforma!